sexta-feira, 30 de maio de 2014

14 anos depois, Tim Schafer joga Grim Fandango!

Um dos pais do gênero adventure joga uma de suas mais consagradas obras.


Quem gosta de adventures com certeza conhece Grim Fandango. O jogo criado por Tim Schafer em 1998, apesar de pouco sucesso em quantidade de vendas, recebeu ótimas críticas e foi eleito melhor adventure do ano pela IGN, e melhor jogo do ano pela GameSpot. E muita gente ainda o considera o melhor jogo do gênero.


Hoje, continuando com sua série de playthroughs por seus consagrados clássicos, Tim Schafer joga uma hora de Grim Fandango! (ele já fez o mesmo com Day of the Tentacle e Full Throttle).

Além de simplesmente jogar, Tim comenta várias curiosidades do desenvolvimento, como de onde vieram os nomes dos personagens e de onde tirou referências e inspirações. Mostra também storyboards e artes conceituais, e algumas histórias de bastidores. 

Vale a pena ser assistido:

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Double Fine lança Amnesia Fortnight, edição 2014!




Mas o que é isso?

Para quem não sabe do que se trata, Amnesia Fortnight é uma espécie de Game Jam dentro da nossa amada companhia de São Francisco. O nome amnesia (que surpreendentemente significa amnésia em português) é porque todas os dev teams dentro da Double Fine "esquecem" de seus projetos em andamento durante duas semanas, focando no desenvolvimento de protótipos de jogos totalmente novos.

Qualquer funcionário da Double Fine pode sugerir aquela ideia de jogo que ele tem guardada na gaveta e sempre quis tocar para frente. Mas não dá pra criar prótotipo de todas as ideias, como decidir então qual será implementada? A resposta é simples e prática: A INTERNET VAI DECIDIR!

São 29 ideias no total e as 3 mais votadas serão escolhidas para serem prototipadas. E quem sabe no futuro não vemos um jogo completo saindo de algum desses protótipos? É bom lembrar que muitos jogos (completos) lançados pela Double Fine tiveram origem em Amnesias Fortnights como Costume Quest, Stacking, Spacebase DF-9 (que foi prototipado na AF 2012, e agora está em Alpha) e Hack ‘n’ Slash (TBA).

As pessoas que dão a ideia do jogo, que fazem o pitch do projeto, serão os Project Leaders dele. E é por isso que o que vem a seguir é muuuito interessante.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Broken Age: Ato 1 - Análise



Depois de aproximadamente 2 anos, 3 milhões de dólares e 87 mil backers, podemos finalmente  jogar o tão aguardado Broken Age (bom, pelo menos metade dele). E definitivamente valeu a espera.


Depois de muito tempo sem lançar um adventure point-n-click, Tim Schafer volta para a área que é sua especialidade sem perder a manha, fazendo parecer que foi ontem que fez um último jogo desse estilo, e não há vinte anos atrás.

E apesar de não ser muito bom com dinheiro, se enrolando na hora de aplicar os três milhões ao escopo do seu jogo, Tim mostra que não está de brincadeira e prova que o gênero não morreu!


A História


O Ato I começa a contar a saga parelela de Shay e Vella.

Shay é um menino que mora em uma nave com seus pais, que na verdade são parte do computador de bordo, a inteligência artificial da nave. Shay vive uma rotina tediosa, convivendo com a "mãe" super-protetora, que ainda o trata como uma criança, proibindo qualquer atividade que não as especificadas por ela: que são geralmente brincadeiras infantis disfarçadas de missões (não tanto assim, já que não mais enganam Shay), como salvar homenzinhos de tricô de uma avalanche de sorvete, por exemplo. Mas Shay não vai aguentar essa situação por muito mais tempo...

Shay em sua nave. (Clique para ampliar)
Em um vilarejo, a menina Vella foi uma das escolhidas para servir de sacrifício para a grandiosa besta Mog Chothra, o que é uma grande honra e orgulho para sua família. Sacrifícios são oferecidos periodicamente para a criatura, que alimentada, não volta sua ira contra a vila. Apesar da família toda estar orgulhosa de Vella ter sido escolhida, ela não consegue aceitar seu destino, mas não pode recusá-lo, com medo da represália do poderoso monstro.

Vella na cidade flutuante de Meriloft. (Clique para ampliar)

Apesar de viverem em realidades tão diferentes, a história de Shay e Vella tratam de temas comuns como solidão e amadurecimento.


Em Broken Age, nada está quebrado


Apesar do tom bem mais leve (em contrapartida com o sério Full Throttle ou o macabro Grim Fandango), como todo jogo escrito por Tim Schafer, aqui o humor está presente. Mas diferente dos anteriores, em Broken Age ele não é tão exagerado. Apesar dos momentos cômicos serem tão abundantes quanto em seus títulos passados, aqui ele se dá de maneira mais sutil e balanceado com momentos mais sérios.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Murdered: Soul Suspect [Preview]

Época de E3 sempre é um ótimo momento para os gamers, principalmente essa E3, que está introduzindo a oitava geração de consoles. É claro que são esses consoles e os jogos AAA que ficam na cabeça das pessoas depois de todas essas grandiosas conferências.

Mas um jogo não tão grande chamou minha atenção durante a feira: Murdered: Soul Suspect. Apesar de publicado pela gigante Square Enix, é de uma desenvolvedora "humilde", a Airtight Games.

E porque esse é um jogo que merece um espaço aqui? Porque ele, apesar de não tradicional, é um adventure game!

Você terá que resolver o caso mais difícil de todos... (clique para ampliar)

O jogo conta a história de Ronan O'Connor, um criminoso reformado que atualmente trabalha como detetive e é assassinado brutalmente durante uma investigação. Mesmo depois de morto, Ronan não vai descansar até desvendar os mistérios acerca de seu assassinato e encontrar o assassino.

Aparentemente o jogo terá uma jogabilidade investigativa semelhante a L.A. Noire, com detalhes sobrenaturais, obviamente. Além disso, o jogo também possuirá combate.

Alguns detalhes interessantes do jogo, revelados por um developer em um vídeo de gameplay durante a E3 (vídeo no fim do post):

  • Você poderá influenciar os vivos, sem poder controlá-los integralmente. Poderá também entrar em seus corpos para "ver através de seus olhos", por exemplo
  • Interação com objetos do mundo dos vivos será bem limitada
  • Ao encontrar pistas, você deve fazer uma ligação dos fatos e reconstrução de cenas, a fim de chegar a conclusões que possam ajudar a continuar no encalço do assassino
  • Chegar a conclusões certas (sem erros de investigação), garantirá recompensas e pontos de experiência, que podem ser usados para melhorar as habilidades do personagem (ainda sem muitas informações sobre isso)
  • Combate estará presente no jogo, espíritos presos muito tempo nesse "limbo" (dust) se tornam malignos e poderosos, e irão atacar Ronan
  • Apesar do combate, não haverão "armas fantasmas"
  • Sidequests estão presentes, como ajudar um fantasma a seguir em frente, por exemplo.

Com elementos de investigação no estilo L.A. Noire, mas a capacidade (e ao mesmo tempo limitação) de estar numa dimensão paralela à nossa, chamada de "Dust", vai ficar bem mais interessante e desafiador resolver os puzzles. E como eles mesmo estão dizendo no trailer: Você terá que resolver o caso mais difícil de todos... Seu próprio assassinato.

Achei a premissa bem interessante. Apesar das poucas informações reveladas, acho que esse é mais um dos títulos que vai ajudar a fechar a sétima geração em grande estilo.

Abaixo o teaser trailer, e um gameplay com comentários do desenvolvedor.

Teaser Trailer:


Gameplay comentado:


Algumas imagens:




quinta-feira, 9 de maio de 2013

The Journey Down: Chapter One - Análise
















Em 2010, a desenvolvedora Skygoblin lançou um freeware pixelado e sem dublagem, que dois anos depois recebeu uma remasterização. Muito bem feita por sinal. Falarei aqui do primeiro capítulo (e único lançado até então) da série: The Journey Down: Over The Edge.


A jornada trata de dois irmãos de criação, Bwana e Kito, que administram o posto de gasolina do pai adotivo (que os abandonou de repente, sem motivo). Os dois acabam se envolvendo em uma teia de conspirações, quando uma universitária chega até eles em busca de um misterioso livro. O problema é que um poderoso magnata, dono de uma empresa suspeita, que deseja controlar toda a cidade, aparentemente também está atrás desse livro.

O capítulo um Over the Edge é uma espécie de prólogo, que inicia a aventura dos três.
Mais informações sobre como baixar a versão gratuita, no final da análise.


Arte de quem sabe o que faz

Vou começar focando nos sentidos visão e audição, que para mim, foram os mais agraciados pelo jogo. E ambos têm uma peculiaridade muito interessante no jogo: a forte influência africana. Vou detalhar cada aspecto a seguir.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Sai o primeiro trailer do Double Fine Adventure!


Acho que todos estão familiarizados com o Kickstarter, site de crowdfunding (financiamento coletivo) que ultimamente fez com que muitos desenvolvedores independentes conseguissem lançar seus jogos. Mas será que você lembra de como foi o boom desse serviço, no financiamento de jogos?


Como começou

O renomado criador de adventures Tim Schfer, cansado da intromissão das publishers em seu processo criativo, resolveu pedir grana para os fãs do gênero na internet! As publishers dizem que esse tipo de jogo não gera lucro, então nunca iriam financiar um adventure point-and-click em duas dimensões. Então Tim pensou: "Eles nunca vão me financiar, mas tenho certeza que esse tipo de jogo tem público, então vou pedir dinheiro para os próprios players!".
E foi isso que ele fez.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Deponia - Análise


"Parece que hoje em dia os jogos Adventure são uma forma de arte perdida, que existe somente em nossas memórias, nos nossos sonhos... E na Alemanha."

Foi isso que Tim Schafer disse sobre os Adventures, em seu vídeo do Kickstarter. E provavelmente a alemã Daedalic Entertainment, que desenvolveu jogos como The Whispered World e A New Beginning, tem certa parcela de culpa nisso.

Pode-se dizer que a Daedalic é quase uma substituta da LucasArts/Sierra. Eles ainda não fizeram jogos épicos ou memoráveis, mas com certeza estão produzindo jogos de aventura de excelente qualidade, fazendo com que as aventuras não fiquem somente em nossas memórias ou sonhos. E Deponia é um excelente exemplo disso.